Saiba mais sobre a Dengue
1- INTRODUÇÃO
Há ocorrência de casos de dengue em todas as regiões do País. Contudo, nos últimos cinco anos a Região Nordeste notificou 742.899, representando 40% do total de casos notificados no período.
Atualmente, na Bahia, o mosquito transmissor da dengue esta presente nos 417 municípios e, em todos eles, já ouve registro de casos da doença a partir da epidemia que se iniciou no ano de 1994. Até Abril de 2009, no estado da Bahia, 342 municípios (82%) notificaram a doença através dos sistemas de informação da vigilância epidemiológica (DIVEP/DIS/Sesab-Sinan e Planilha paralela).
Atualmente, circula no estado três dos quatro sorotipos do vírus: DENV -2 (desde 1994), DENV -1 (desde 1927), DENV -3 (desde 2002).
2- CONHECENDO A DOENÇA
A dengue
Doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, podendo evolui para o óbito. Considera-se a dengue um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, especialmente nos países tropicais, cujas condições sócio-ambientais favorecem o desenvolvimento e a proliferação de seu principal vetor o Aedes aegypti.
Agente etiológico
É um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes, como os mosquitos) do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. Existem quatro sorotipos conhecidos com diferentes genótipos: DENV -1: 1-5, DENV -2: 1-6, DENV -3: 1-4, DENV -4: 1-3. Todos os sorotipos podem causar doença grave e fatal. Algumas cepas nos diferentes genótipos parecem ser mais virulentas ou possuir maior potencial epidêmico. Contudo, esta relação ainda não foi devidamente esclarecida.
Ciclo de vida do vetor
No seu ciclo de vida, o Aedes aegypti apresenta quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. O mosquito adulto vive, em media, de 30 até 35 dias. A fêmea põe seus ovos de quatro a seis vezes, sendo cerca de 100 ovos em cada vez, preferencialmente em recipientes artificiais contendo água limpa e parada. Um ovo do aedes aegypti pode permanecer viável por até 700 dias, mesmo que o local onde ele foi depositado fique seco. Se esse recipiente receber água novamente, o ovo eclode, podendo evoluir para larva, e atingir a fase adulta depois de, aproximadamente, dois ou três dias.
Modo de transmissão
O período de transmissibilidade do hospedeiro humano para o mosquito dura enquanto houver presença de vírus na corrente sanguínea (período de viremia). O homem esta apto a infectar o mosquito a partir do primeiro dia antes do aparecimento dos sintomas até o 5° dia da doença, após um período de incubação nas células (dendriticas, monócitos e macrófagos) do hospedeiro de, em média 5 dias. A transmissão se faz pela picada das fêmeas de mosquitos infectados no ciclo humano-mosquito-humano.
Não há transmissão de contato direto de um doente ou de suas secreções com pessoas sadias, nem por intermédio de água ou alimento.
5- IDENTIFICANDO CASOS SUSPEITOS DE DENGUE
Os casos suspeitos de dengue apresentam-se com doença febril aguda com duração máxima de até sete dias, acompanhada de, pelo menos, dois sinais/sintomas como cefaléia, dor retroorbitária, mialgia, artralgia, prostação ou exantena, associados ou não a presença de hemorragias.
Todo caso suspeito deve ser notificada à Vigilância Epidemiológica do município por qualquer profissional do ESF.
6- MEDICAMENTOS
Os medicamentos são recomendados para pacientes com febre elevada ou com dor e são eles: antitérmicos e analgésicos.
Os salicilatos não devem ser administrados, pois podem causar sangramento.
OBSERVAR | ORIENTAR |
Locais ou objetos que podem abrigar Aedes aegypti | O que fazer para evitar que se tornem criadouros do mosquito |
Pratinho ou vasos de plantas ou xaxim dentro ou fora de casa | Preencher com areia até as bordas |
Lixeiras dentro e fora de casa | Fechar bem o saco plástico e manter a lixeira fechada |
Plantas que podem acumular água | Retirar a água acumulada nas folhas |
Tampinha de garrafa, casca de ovo, latinhas, saquinhos plásticos e de vidro, copos descartáveis ou qualquer outro objeto que possa acumular água. | Colocar tudo em saco plástico, fechar bem e jogar no lixo. |
Vasilhame para água de animais domésticos | Lavar com bucha e sabão em água corrente, ao menos, uma vez por semana. |
Vaso sanitário em desuso | Deixar a tampa sempre fechada. Em banheiro pouco usados, puxar a descarga uma vez por semana. |
Ralos de cozinha, de banheiro, de sauna e de ducha. | Verificar se há entupimento. Se houver, providenciar o imediato desentupimento. Se não estiver usando, mantê-los. |
Bandejas externas de geladeira | Retirar sempre a água. Lavar com sabão, pelo menos, uma vez por semana. |
Suporte de garrafões e água mineral | Lavrar bem sempre que for trocar os garrafões |
Lagos, cascatas e espelhos d’água decorativos | Manter estes locais sempre limpos. Crias peixes, pois eles se alimentam de larvas. Mantenha a água tratada com cloro ou encha com areia |
Tonéis ou depósitos d’água | Lavar com bucha e sabão as paredes internas, pelo menos, uma vez por semana. Tapar com telas aqueles que não têm tela própria. |
Piscinas em desuso ou não tratadas | Tratar a água com cloro. Limpar uma vez por semana. Se não for usá-las, cobri-las bem. Se estiverem vazias, colocar 01kg de sal no local mais raso. |
Calhas de água de chuva em desnível | Verificar se elas não estão entupidas. Remover as folhas e outros materiais que possam entupi-las. |
Pneus velhos abandonados | Entrega-los ao serviço de limpeza urbana. Caso realmente seja necessário mantê-los, guarda em local coberto e abrigado da chuva. |
Garrafas PET e de vidro | Tapar e jogar no lixo todas as que não for usar |
Lajes | Retirar a água acumulada |
Cacos de vidro nos muros | Colocar areia em todos os que possam acumular água. |
Baldes | Guardar de boca para baixo |
Entulho e lixo | Evitar que acumulem. Manter o local sempre limpo. |
Materiais em uso que podem acumular água | Secar tudo e guardar em local coberto. |