sexta-feira, 24 de maio de 2013

Tartarugas, segredos milenar da pré-história ao futuro.


Por que as tartarugas vivem tanto?

Como elas conseguem ficar com pouco oxigênio ao hibernar?

O que as distingue de outros seres vivos?

Pesquisadores norte-americanos acabam de decodificar o genoma de uma das espécies mais abundantes no planeta (Cp. Bellii) e encontraram respostas para alguns de seus enigmas.

A tartaruga-pintada (Chrysemys picta) é uma espécie de tartaruga de água doce da família Emydidae encontrada nas águas da América do Norte. É a única espécie do gênero Chrysemys. Ela passa a maior parte de seu tempo na água e tem uma alimentação onívora bem variada. É possível manter esses animais como mascotes desde que se saiba sobre os cuidados necessários.

Habitante de cursos de água calmos, pouco profundos, ricos em vegetação. A dieta desta espécie varía ao longo da vida. Durante a fase juvenil é carnívora (come pequenos animais aquáticos), mas, à medida que atinge a idade adulta tende a assumir uma dieta essencialmente herbívora.

Essa espécie hiberna durante o inverno, enterrada no fundo da lama dos substratos dos lagos congelados. Elas podem sobreviver sem comida ou oxigênio durante 5 meses inteiros, mais tempo que qualquer outro tetrápode.

Há quatro subespécies de tartaruga pintada: a tartaruga pintada Oriental (Cp picta), o Midland Painted Turtle (Cp marginata), a Tartaruga pintada Sul (Cp dorsalis), e a Tartaruga pintada Ocidental (Cp bellii).

Na verdade, a tartaruga é bem mais parecida geneticamente com os vertebrados – e humanos – do que se supunha. Além disso, está mais relacionada com os pássaros do que com os lagartos e cobras. Finalmente, ela não dependeu de novos genes para suas adaptações fisiológicas ao longo de seu lento processo evolutivo. Em vez disso, soube usar antigos recursos de uma forma diferente, adquirindo características invejáveis: resistência ao envelhecimento, possibilidade de reprodução em idades avançadas e capacidade de congelamento e descongelamento sem dano a órgãos e tecidos.



Ao identificar 19 genes no cérebro e 23 no coração que são ativados na privação de oxigênio, a equipe descobriu que a expressão do gene APOLD1 aumenta 130 vezes em tartarugas em estado letárgico. Como o homem também possui esse gene, os cientistas estão animados com a possibilidade de ter em mãos um novo alvo para a prevenção e o tratamento de algumas doenças, especialmente as cardiovasculares (o infarto, por exemplo, é causado pela necrose de parte do coração pela falta de nutrientes ou oxigênio).


Referências:

Wikipédia
Estadão 

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